quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

quando tudo faz sentido

agora sim tudo faz sentido
tudo começa a fazer sentido
quando a paixão acontece
apenas quando ela aparece
é que as músicas fazem sentido
tudo se encaixa
como o encaixe perfeito da nossa boca
nos tornamos cíclopes
um mirando no olho do outro
poderia passar a eternidade nesse jogo hipnótico
admirando o movimento dos seus olhos a observar os meus
num movimento pendular,
tornar aquele momento atemporal
apenas preso no tempo da minha memória
eternizado na minha memória.

sábado, 7 de novembro de 2009

coracao vagabundo

Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia ser tudo o que quer
Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto feliz de mulher
Que passou por meus sonhos
Sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim

sem pontuacao

ha muito que nao venho aqui e isso reflete um pouco toda a estrada que percorri desde que abandonei supostamente meu espaço me abandonei abandonei meus planos abandonei minhas conquistas curiosamente desde que dei o ultimo ponto no texto anterior que por sinal nem era meu eu desandei aprender a andar agora sera dificil e se voce me perguntar porque ou o que aconteceu eu nao saberei dizer e como se eu tivesse dormido para tudo o que eu mais gosto e começado a me jogar em locais onde eu nao queria estar inicialmente e dar um passo a descobrir que de fato nao sei quem sou nem onde quero estar tampouco onde quero chegar e o que eu terei que fazer para enfrentar e me surpreender com o futuro imediatamente agora eu só quero chorar depois nao sei mais nao ando me importanto tanto e tenho medo de perder mais nao que se trate de um jogo com conquistas e derrotas mas nao foi facil chegar onde estava e se voce me perguntar se foram conquistas foram conquistas sim que so tem importancia para mim agora eu nao quero ver gente nao quero ninguem para me dizer palavras de consolo pela primeira vez me sinto bem so doi mas estou bem me acostumei com a dor e ela e quem me faz sentir vivo agora talvez por isso eu goste tanto de sentila se antes eu precisava estar apaixonado agora eu preciso sentir essa dor que nao sei explicar onde e so sei o que me causa agora me deixem com minha dor enquanto penso se me entrego de uma vez a ela ou se busco um meio de respirar em paz novamente

domingo, 30 de agosto de 2009

Eu uso sinédoque, e daí...

tudo começou com meu irmão me pedindo para olhar no google o significado de sinédoque, palavra ausente do aurélio. Dentre tantos sites que explicavam, encontrei um texto que colo abaixo.

Esse é um post mensagem e o destinatário entenderá! Não sei falar sem sinédoque. Isso não significa que concorde completamente com o texto, porque no ápice da confusão e desgaste gerado numa conversa devido a uma simples sinédoque utilizada, nunca troquei um amigo pela sinédoque, ao contrário do autor do texto.

"Já faz um tempinho um jornalista que se dizia meu amigo veio torrar minha paciência com a seguinte frase: “não vale generalizar”. Ora, quando eu escuto alguém dizer isso, sei que o que vem adiante é estupidez.

Em certa medida escrever é generalizar. No caso específico do texto jornalístico (e também no texto literário), a generalização que comumente usamos é uma figura de linguagem autorizada pela gramática. Chama-se sinédoque. Todos nós podemos escrever o que escrevemos por causa da sinédoque. Sem ela, ficaríamos horas diante do teclado e não sairia nada – nadinha.

A sinédoque é a figura de linguagem que nos permite dizer coisas do tipo “o jogador brasileiro é habilidoso” ou “as mulheres são muito falantes” ou “os franceses são enjoados” e assim por diante. Em nenhum dos casos o leitor inteligente deverá, diante de alguém que escreve de modo inteligente, fazer a objeção “ah, nem todo francês é enjoado, isso é preconceito”. O mesmo vale para os outros exemplos. Ninguém deve dizer “ah, nem todo jogador brasileiro de futebol é habilidoso, hoje em dia a habilidade está com os italianos”. É outra bobagem. A sinédoque dá completa liberdade para que as características mais amplas sejam utilizadas em associação a um termo que, sem a figura de linguagem, não mereceria a característica imputada. Essa figura de linguagem é das mais importantes. Por uma razão simples: tente escrever sem ela. Tente e verá como é difícil, talvez impossível.

A sinédoque é o que alguns desinformados tomam por “generalização”, e então pensam poder acusar quem está “generalizando” de ato impróprio. Ora, não podemos escrever frases do tipo "os são-paulinos são barulhentos, mas o Huguinho, o Zezinho e o Luisinho, e mais o fulano X e o Y, não são". Não faria qualquer sentido um texto assim. Ou seja, quando escrevemos optamos quase que naturalmente pelo uso de vários tipos de sinédoque. Falamos sem medo de quem alguém acredite que se está falando do Huguinho ou do Zezinho etc., torcedores do São Paulo, que “os são paulinos são barulhentos”. O leitor inteligente sabe disso. O leitor inculto não. O leitor inculto e, pior, mentalmente limitado inventa de criticar e solta a frase imbecil: “não vale generalizar”. Isso ferve o meu sangue.

Faz algum tempo, o tal jornalista que se dizia meu amigo quis ficar bravo comigo exatamente por causa do que achou que era a tal generalização. Eu disse uma frase desse tipo, “o Partido X é elitista”. Pronto! Do cume da sua má formação, o jornalista inventou de dizer “filosofar é generalizar?”. Quis dar de bonzão. Quis imputar a mim uma raciocínio errado quando, na verdade, era uma sinédoque clara, para poder conversar. Estava feita a desgraça. Eu podia deixar passar. Mas a irritação do cotidiano e a constante falta de modéstia da figura carimbada não me deram chance, e eu rebati. Disse ao jornalista que ele não era a sumidade intelectual que ele queria fazer crer. Em nome da sinédoque, perdi o amigo. Todavia, será mesmo que era amigo?

Claro que a vaidade do tal amigo urso era grande demais para ele admitir que não sabia sinedocar. E então arrebentou em palavrões – aquela coisa do cara que é pego de calça arriada.

Moral da história. A sinédoque garante que possamos continuar escrevendo para todos e tendo mais amigos. Um amigo escolarizado que não conhece a sinédoque pode causar só complicações. Opte pela sinédoque."

Paulo Ghiraldelli Jr, “O filósofo da cidade de São Paulo”.

Fonte: http://ghiraldelli.ning.com/profiles/blogs/sinedoque-e-generalizacao

sábado, 22 de agosto de 2009

"Minha vida é como se me batessem com ela"

(Livro do Desassossego - Fernando Pessoa)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Desafinado

Só privilegiados têm o ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu

Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é Bossa Nova, isto é muito natural

Recentemente ouvi uma professora falar sobre as teorias da física quantica que tentam explicar a existência da alma, da consciencia, da empatia... acredita-se que todos emanamos ondas, que seriam nossa alma quantica. A princípio, e para não perder o hábito, pensei que isso era muita besteira, pura fantasia científica para explicar Deus e tudo aquilo que não conseguimos explicar exatamente porque possivelmente não há explicação. A existência divina e sua criação não precisa ser explicada. Tem que acreditar e ponto.


Entretanto, algumas coisas fazem sentido, por exemplo porque o olhar atrai? Quando olhamos para uma pessoa concentramos ondas nesta pessoa, provocando nela a percepção que estamos olhando. Porque algumas pessoas são tão carismáticas naturalmente, qual a explicação para o carisma e a antipatia que sentimos pelo outro? As pessoas carismáticas emitem ondas harmônicas que atream as ondas alheias, têm de fato um magnetismo. As pessoas antipaticas emitem um padrão de onda desarmônico que repeliria tudo.


"Entao explicado... putz..." - pensei lembrando de mim, e de outras pessoas que conheço que têm um magnetismo incrível. Difícil ser o outro lado da moeda, aquele que caiu com o lado para baixo. Existem muitas formas de estar desalinhado, desafinado, des... tantas outras palavras que poderiam caracterizar meu conjunto de ondas sem ritmo que remam para a solidão.

Se os físicos querem explicar minhas ondas, eu lhes respondo que são as ondas que Deus me deu.

domingo, 9 de agosto de 2009

Abre o meio!


Vida de motô(rista) de ônibus não deve ser fácil mesmo...
Além de tudo que já sabemos da rotina diária, outro dia peguei um ônibus daquele que tem uma porta no meio para cadeirantes, e que em alguns pontos estratégicos alguns motoristas resolvem abrí-la para agilizar o desembarque dos passageiros. Pois bem, eu disse alguns motoristas fazem isso. Não todos. Mas a mania de generalização soteropolitana exige que a concessão seja aberta a todos!
Imagine o motorista ouvir o côro dos passageiros:

- ABRE O MEIO MOTÔ!

Isso é no mínimo cômico... Lá ele...