quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
quando tudo faz sentido
sábado, 7 de novembro de 2009
coracao vagabundo
De ter esperança
De um dia ser tudo o que quer
Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto feliz de mulher
Que passou por meus sonhos
Sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim
sem pontuacao
domingo, 30 de agosto de 2009
Eu uso sinédoque, e daí...
Esse é um post mensagem e o destinatário entenderá! Não sei falar sem sinédoque. Isso não significa que concorde completamente com o texto, porque no ápice da confusão e desgaste gerado numa conversa devido a uma simples sinédoque utilizada, nunca troquei um amigo pela sinédoque, ao contrário do autor do texto.
"Já faz um tempinho um jornalista que se dizia meu amigo veio torrar minha paciência com a seguinte frase: “não vale generalizar”. Ora, quando eu escuto alguém dizer isso, sei que o que vem adiante é estupidez.Em certa medida escrever é generalizar. No caso específico do texto jornalístico (e também no texto literário), a generalização que comumente usamos é uma figura de linguagem autorizada pela gramática. Chama-se sinédoque. Todos nós podemos escrever o que escrevemos por causa da sinédoque. Sem ela, ficaríamos horas diante do teclado e não sairia nada – nadinha.
A sinédoque é a figura de linguagem que nos permite dizer coisas do tipo “o jogador brasileiro é habilidoso” ou “as mulheres são muito falantes” ou “os franceses são enjoados” e assim por diante. Em nenhum dos casos o leitor inteligente deverá, diante de alguém que escreve de modo inteligente, fazer a objeção “ah, nem todo francês é enjoado, isso é preconceito”. O mesmo vale para os outros exemplos. Ninguém deve dizer “ah, nem todo jogador brasileiro de futebol é habilidoso, hoje em dia a habilidade está com os italianos”. É outra bobagem. A sinédoque dá completa liberdade para que as características mais amplas sejam utilizadas em associação a um termo que, sem a figura de linguagem, não mereceria a característica imputada. Essa figura de linguagem é das mais importantes. Por uma razão simples: tente escrever sem ela. Tente e verá como é difícil, talvez impossível.
A sinédoque é o que alguns desinformados tomam por “generalização”, e então pensam poder acusar quem está “generalizando” de ato impróprio. Ora, não podemos escrever frases do tipo "os são-paulinos são barulhentos, mas o Huguinho, o Zezinho e o Luisinho, e mais o fulano X e o Y, não são". Não faria qualquer sentido um texto assim. Ou seja, quando escrevemos optamos quase que naturalmente pelo uso de vários tipos de sinédoque. Falamos sem medo de quem alguém acredite que se está falando do Huguinho ou do Zezinho etc., torcedores do São Paulo, que “os são paulinos são barulhentos”. O leitor inteligente sabe disso. O leitor inculto não. O leitor inculto e, pior, mentalmente limitado inventa de criticar e solta a frase imbecil: “não vale generalizar”. Isso ferve o meu sangue.
Faz algum tempo, o tal jornalista que se dizia meu amigo quis ficar bravo comigo exatamente por causa do que achou que era a tal generalização. Eu disse uma frase desse tipo, “o Partido X é elitista”. Pronto! Do cume da sua má formação, o jornalista inventou de dizer “filosofar é generalizar?”. Quis dar de bonzão. Quis imputar a mim uma raciocínio errado quando, na verdade, era uma sinédoque clara, para poder conversar. Estava feita a desgraça. Eu podia deixar passar. Mas a irritação do cotidiano e a constante falta de modéstia da figura carimbada não me deram chance, e eu rebati. Disse ao jornalista que ele não era a sumidade intelectual que ele queria fazer crer. Em nome da sinédoque, perdi o amigo. Todavia, será mesmo que era amigo?
Claro que a vaidade do tal amigo urso era grande demais para ele admitir que não sabia sinedocar. E então arrebentou em palavrões – aquela coisa do cara que é pego de calça arriada.
Moral da história. A sinédoque garante que possamos continuar escrevendo para todos e tendo mais amigos. Um amigo escolarizado que não conhece a sinédoque pode causar só complicações. Opte pela sinédoque."
Paulo Ghiraldelli Jr, “O filósofo da cidade de São Paulo”.
sábado, 22 de agosto de 2009
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Desafinado
Só privilegiados têm o ouvido igual ao seuRecentemente ouvi uma professora falar sobre as teorias da física quantica que tentam explicar a existência da alma, da consciencia, da empatia... acredita-se que todos emanamos ondas, que seriam nossa alma quantica. A princípio, e para não perder o hábito, pensei que isso era muita besteira, pura fantasia científica para explicar Deus e tudo aquilo que não conseguimos explicar exatamente porque possivelmente não há explicação. A existência divina e sua criação não precisa ser explicada. Tem que acreditar e ponto.
Eu possuo apenas o que Deus me deuSe você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é Bossa Nova, isto é muito natural

Entretanto, algumas coisas fazem sentido, por exemplo porque o olhar atrai? Quando olhamos para uma pessoa concentramos ondas nesta pessoa, provocando nela a percepção que estamos olhando. Porque algumas pessoas são tão carismáticas naturalmente, qual a explicação para o carisma e a antipatia que sentimos pelo outro? As pessoas carismáticas emitem ondas harmônicas que atream as ondas alheias, têm de fato um magnetismo. As pessoas antipaticas emitem um padrão de onda desarmônico que repeliria tudo.

"Entao tá explicado... putz..." - pensei lembrando de mim, e de outras pessoas que conheço que têm um magnetismo incrível. Difícil ser o outro lado da moeda, aquele que caiu com o lado para baixo. Existem muitas formas de estar desalinhado, desafinado, des... tantas outras palavras que poderiam caracterizar meu conjunto de ondas sem ritmo que remam para a solidão.
Se os físicos querem explicar minhas ondas, eu lhes respondo que são as ondas que Deus me deu.
domingo, 9 de agosto de 2009
Abre o meio!
Além de tudo que já sabemos da rotina diária, outro dia peguei um ônibus daquele que tem uma porta no meio para cadeirantes, e que em alguns pontos estratégicos alguns motoristas resolvem abrí-la para agilizar o desembarque dos passageiros. Pois bem, eu disse alguns motoristas fazem isso. Não todos. Mas a mania de generalização soteropolitana exige que a concessão seja aberta a todos!
Imagine o motorista ouvir o côro dos passageiros:
- ABRE O MEIO MOTÔ!
Isso é no mínimo cômico... Lá ele...