Um sonho persistente desde que sou criança era ser rico, muito rico. Eu já tinha desenhado até a casa (mansão) na qual eu iria morar, o carro que eu iria ter, entretanto algo já me afligia... para que uma casa tão grande se eu vou morar sozinho?
Hein!? Logo então eu sonhei em ter muitos amigos, amigos que preencham minha casa, e que ela fosse de todos eles, para que eles chegassem e partissem quando bem quisessem, que fossem passar o dia lá, passar férias, fim de semana e dormir lá se lhes convir. Era uma propriedade bastante coletiva. Eu abdicava de minhas posses para ter compainha, era - e ainda sou - um pequeno
socialista às avessas. Mas para que sonhar tão alto, com muitos amigos numa mansão, se com o tempo me revelou estar só no mundo com meu irmão. Éramos eu e ele construindo nosso mundo com pecinhas de
Lego. Ao invés de sonhar, tracei objetivos de vida. Isso é mais concreto, dá a sensação de que eu irei realizar, não sei quando, a meta de ter amigos, mas amigos de verdade, que independente da quantidade, eu os poderia chamar de irmão, como se de fato fôssemos irmãos - e excluindo o fato de que biblicamente todos somos irmãos. Transfigurando este conceito para a atualidade, destituído de prancha, andando sobre as ondas, Jesus diria que todos somos
brothers - para ressaltar a diferença entre ser um
brother e ser
irmão. Obviamente existem outras pequenas vontades - e para essas não poderia dizer sonhos - como ter uma festa de aniversário surpresa, mas para quê se não teria gente suficiente que justificasse uma festa - esse foi um dos motivos que me levaram a não comemorar mais meu aniversário. Seguindo a regressão do peso dos sonhos, hoje eu queria ouvir só três palavras sinceras -
eu te amo - sem a banalidade dos tempo desta pós-modernidade.
Um comentário:
o amor dói!
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