
Hoje tenho consciencia de que não precisamos de tanto poder, exatamente porque também não suportamos tanta responsabilidade.
Hoje também tenho certeza de que não era para eu saber tanto de tudo, quando era incapaz de compreender a sua grandiosidade, as adversidades das diversidades.
Hoje já é muito, mas muito tarde para me lamentar pelos erros cometidos pelo excesso de poder, quando fui tomado pela ira e pela fúria, quando o ódio envenenava meu sangue.
Hoje só me restam as "cinzas das horas".
Curiosamente, acabo de ouvir Adriana Calcanhotto cantar numa musica, que eu não conhecia até então, a seguinte frase:
"tenho por principios nunca fechar portas,
mas como manter elas abertas"
Era isso que eu devia ter descoberto há tempo atrás, antes de ser escravo do arrependimento.