terça-feira, 19 de agosto de 2008

Ô fio, vem cá... finalmente as olimpíadas tá acontecendo aonde?
é Pequim ou é Beijing?

domingo, 17 de agosto de 2008

Cantando errado...

Muito Romântico - Caetano Veloso

Não tenho nada com isso nem vem falar
Eu não consigo entender sua lógica
Minha palavra espantada pode espantar
e a solidão parecer erótica

Mas acontece que não posso me deixar
A
A
Levar por um papo que já morreu
De um cântico

Acho que nada voltou pra guardar
e lembrar
Que em outras palavras sou muito romântico

Nem uma coisa irá me fazer calar
Sou o que sou e não o dizem
Canto somente o que eu quero falar
Sou o que sou e eu não dou a mínima



O cráááássico do pagode baiano: Cocadinha

"Cocadinha, cocadinha, ela gosta de comer cocadinha..."


Do brega: Morango do Nordeste

"apesar de comer as batatas da perna... com essa mulher ou vou até pa guerra...
simbora"

Dos Los Hermanos:

Além do que se vê
"... É o amor que ninguém mais vê, Deixa eu virar moça, Toma o teu, voa
mais que o bloco da família vai atrás..."


Todo Carnaval tem seu fim
"...toda banda tem um farol, quem sabe eu não toco..."
"... deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu brincar com meu
nariz..."


Cara Estranho
"Olha só que cara estranho que chegou, parece não achar lugar, no corpo em
que desencarnou"


Casa Pré Fabricada

"...cobra com pavão que até amanha eu vou ficar..."

obs: Preciso deixar claro que eu sou fã dos "Losers", até por isso tem mais músicas deles que de outros. E nem todos os exemplos colocados deles foram feitos por mim, alguns são pérolas que ouvi, mas não retiro minha parcela de contribuição.

Por falar neles, Marcelo Camelo (salve-salve) fará show aqui em Salvador na concha acústica do TCA dia 30 de setembro. Vamo? 20 reais a meia... e é o lançamento do cd solo do cara... vale a pena.

domingo, 10 de agosto de 2008

Dia dos Pais

O dia começou para mim ao som de "Um Barzinho, Um Violão - Jovem Guarda", não me recordo ao certo qual música tocava no momento, mas a trilha sonora não poderia ser mais adequada. Uma enxurrada de "dias dos pais" me invadiu os olhos. Minha memória trouxe o gosto amargo de lembranças não tão agradáveis. Teve aquela fomos todos felizes entregar os presentes e ele fez um escândalo que não tinha gostado de uma sandália, e que saberíamos que ele não ia gostar, entao porque compramos? E um dos meus maiores arrependimentos foi em outro ano. "Renato e seus Bluecaps" iria tocar na praça Pedro Arcanjo. Disputadíssimo para assistir, pais e filhos se empurrando na entrada, afinal o ingresso era apenas uma lata de leite e a entrada era liberada até a lotação máxima da praça, a qual teria os portões fechados em seguida e só abertos ao final do show. Fui contrariado, afinal, saímos arrumados para ir ao clube, no caminho uma "dita cuja de uma vizinha avisa sobre o show, e imediatamente fomos rumo ao caminho da Jovem Guarda. Eu não gostava da música, não gostava do lugar, do público, queria ir embora para casa. Foi a minha vez de dar um escândalo e me derramar em lágrimas, até não ter mais o que chorar. Perda de tempo, chantagem emocional nunca teve o mínimo efeito com ele. Ele fazia mais o estilo "vou te dar uma surra pra te dar motivo pra chorar de verdade seu corno filho de uma puta". Num certo momento, eu não sabia nem mais porque estava chorando, nem queria mais chorar. Mas já havia entrado naquele caminho e não ia voltar atrás, só para não demonstrar que ele venceu. É nessas horas que a gente se pensa que se arrependimento matasse... Eu nem era mais tão criança e agi como a pior delas. Os conflitos já haviam se tornado uma tradição de dia dos pais em nossa família. Como para ele "dia dos pais", "dia das mães", "dia das crianças" é todo dia, devo corrigir a afirmação anterior, pois os conflitos eram todo fim de semana, quando todos estavam juntos. Ao menos havia conflitos, brigas e discussões. Hoje foram substituidos pelo silêncio, ao que não sabemos bem ao certo o que seja, uma distância intangível. Somos seres de planetas diferentes, falamos línguas diferentes, ele faz um intercâmbio em minha casa, e eu na dele. Levantei, fui ao banheiro lavar o rosto e pensar em como o cumprimentaria, como desejaria "feliz dia dos pais". Eu falaria algo mais? Daria um abraço? Ao menos um aperto de mão? Não adiantaria planejar nada. Entrei na cozinha para beber dois copos d'água - um ritual de todas as manhãs. Ele veio da área de serviço para terminar de preparar o almoço de domingo. Virou-se para a pia, de costas para mim, coloquei minha mão sobre seu ombro e secamente desejei o que em todas as casas estaria sendo dito também naquele exato momento, das mais variadas formas, mais calorosas possivelmente. Obrigado, ele disse. Somos dois estranhos que se gostam, cada um a seu jeito, sem demonstrações de afeto, como conhecidos que se cumprimentam à distância com um pequeno sorriso de canto de boca, só para serem educados um com o outro.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Frases

"É impossível não acabar sendo do jeito que os outros acham que você é"


Marquez, G. G. "Memórias de Minhas Putas Tristes"

Sei que muitos não concordam com o fatalismo dessa frase, e que cada homem também é o que ele acredita ser... Mas água mole em pedra dura... Qual delas é verdade eu não sei, afinal não é porque alguém me chama de viado que eu serei, tampouco será suficiente que eu acredite que serei um bom músico - para certas coisas, não adianta forçar a natureza. Enfim, toda generalização é burra.

E a história desse livro parece demais com a música "Último Romance" dos Los Hermanos.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Ô Flora, até você?!

CA-RA-LHO! Vééééééi... Flora é a assassina meu irmãããão! Ela não é a favorita! Essa revelação fez meu mundo cair, e o de muitos outros brasileiros noveleiros também. Revelar quem é o assassino antes do fim da novela é como uma ejaculação precoce! Eu ainda tinha fé que todas as capas das revistas podiam estar enganadas e que Flora era tal qual seu nome me induz a pensar...

Se por um lado há o mérito do autor em escrever personagens mais próximos da realidade, contraditórios como o ser humano, por outro há a desconstrução de todo um imaginário coletivo de que o pobre é o injustiçado, o rico é esnobe e opressor.

O que a Globo pretende com isso? Com certeza não é apenas um grito desesperado de “PELAMORR-DE-DEUS, ME ASSISTAM!” Vamos relacionar as coisas. Na seleção dos dois últimos BBBs, o povo perdeu qualquer tipo de identificação com algum dos personagens já que não há mais nenhum necessitado, ninguém por quem torcer para que tenha uma vida verdadeiramente nova, não há mais babás, cabeleireiras ou professoras. Apenas alguns pobres projetos de celebridade e capas das próximas revistas de nu artístico. Então o BBB dicotomizou o público da seguinte forma: os torcedores pela manutenção do casal até o fim – ou seja, prêmio para o amor puro, va$$alo e $incero (!?); “to nem aí pra quem ganhar... só quero vê as brigas e a pegação” – grupo ao qual me incluo. O brasileiro não tem mais a possibilidade de torcer pelas minorias ou pelos oprimidos, nem nas novelas. Portanto, é bom ele ir se acostumando a imaginar que nem tudo que reluz é ouro, e que os ricos da novela e do BBB podem sim ser bons, ainda mais se realizarem generosas doações para o Criança Esperança.

E eu que pensei que as novelas fossem os redutos dos maiores clichês e estereótipos... Sinal dos tempos... não se fazem mais novelas como antigamente (não posso esquecer da originalidade e dos efeitos especiais de última geração dos Mutantes da Record. Soube que Mutantes 3 virá acompanhando um óculos de animação 3D!)



Olha a Eliana dos dedinhos hahaha!

Esse primeiro não é Sylar?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

"O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança",

Gabriel Garcia Marquéz, Memória de minhas putas tristes.