sábado, 21 de fevereiro de 2009

Seven pounds

Fiquei devendo a mim uma crítica sobre este filme, aclamado pelo público - afinal tem Will Smith, sucesso de bilheterias, como personagem principal, odiado pela crítica. Mas porque esse filme consegue ser tão adorado e odiado ao mesmo tempo?

Detonando - isso é fácil: A direção é pobre e clichê, tentando fazer a absolutamente todo instante o público chorar, mal sabendo eles que as cenas mais emocionantes curiosamente não eram aquelas em quem Will aparecia com os olhos marejados de lágrimas, muitas vezes inexplicavemente. A câmera é previsível e brega - a saber pela cena de sexo do casal do filme. O filme parece uma tentativa forçada de alcançar o mesmo sucesso obtido em "À Procura da Felicidade", entretanto neste caso a atuação de Will está sete vezes superior que em Sete Vidas.

Porque assistir então? Porque as histórias de vida das sete pessoas que ele ajuda são emocionantes e os atores que as vivenciam estão ótimos. Além disso há uma bela discussão acerca do peso da culpa, afinal dar a vida a outras 7 pessoas não irá trazer de volta as 7 vidas perdidas num acidente de carro que ele provocou. Pode aliviar a consciência, mas... Chama muito mais a atenção o gesto de doação em prol da vida de um estranho, ao ponto de rejeitar a própria vida. Sete Vidas é um soco na cara para que acordemos para a dádiva da vida, para que saibamos aproveitá-la enquanto temos, principalmente para os indivíduos cheios de saúde que dizem não à vida.

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