segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

E quem disse que eu não sei rimar?


quem disse que não sei rimar?

se eu paro num bar
bebo
converso
dos problemas me liberto
deixa a resenha rolar

por favor respeitem
é disso que eu gosto
quando bebo fico lerdo, lento e burro
mesmo que todos você tentem
eu não vou conseguir rimar

não com a mesma naturalidade
daqueles que têm no sangue a arte
da poesia e da prosa
da ginga e do balanço
da nossa baianidade


obs: na verdade, ninguém disse... mas o trauma de não conseguir brincar pode ter sido por pouco me esforçar...

As várias formas de ver o infinito

Não dava nada pelo show do André Abujamra... me surpreendi! Sensacional!

O Infinito de Pé
(André Abujamra)

O infinito de pé são dois biscoitos
O infinito de pé é o número oito
O infinito de pé dois planeta colado
O infinito deitado um óculos quebrado
O infinito de pé duas bolas de sorvete
Um casal de namorado na moto com capacete
Boneco de neve, dois vinhos na adega
Farol de milha de noite quase cega
O infinito deitado olhos de coruja
Dois seres humanos fazendo amor
O infinito de pé é um autorama
Duas pulgas malabaristas no meu cobertor
O infinito deitado cano duplo de espingarda
São os raios de sol nos olhos da namorada

É a linda cauda da baleia afundando
Oitocentos anos infinito lado a lado
Só que um está de pé e o outro deitado
Buraquinhos do nariz as asas da borboleta
Dois irmãos gêmeos no carrinho de mãos dadas com chupeta
O infinito tá de pé o infinito tá (4x)
O infinito deitado janelinha de avião
É o símbolo da paz passarinho a minha mão
É o laço do cadarço para o tênis amarrar
É o beijo na sua boca para o amor alimentar
Ouro sem u e sem r
O infinito é o bigode do francês Pierre
Oco sem c ovo sem v
O infinito é o amor que eu sinto por você
Dois mil e um sem o dois e sem o um
O infinito é uma dupla de sushi de atum
É o reflexo do sol no mar
É a sinuca do bilhar
O infinito de pé é um brinde na taça
Dois buracos na cueca devorados pela traça
Os pneus da bicicleta subindo a ladeira
São os seios da Brigite pra fora da banheira
Dois cocos, duas laranjas, bola de gude bola de meia
O infinito é Jesus Cristo repartindo o pão para os apóstolos na Santa Ceia
Nem todo infinito tem forma pra mim
Einstein Rodchenko Picasso e Tom Jobim
O infinito tá de pé o infinito tá (4x)
O infinito é infinito
O infinito é o amor
O infinito nunca acaba porque nunca começou (bis)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Mal secreto

Mal secreto
(Jards Macalé e Waly Sailormoon)

Não choro
Meu segredo é que sou um rapaz esforçado
Fico parado, calado, quieto
Não corro, não choro, não converso
Massacro meu medo, mascaro minha dor
Já sei sofrer
Não preciso de gente que me oriente

Se você me pergunta: "Como vai?"
Respondo sempre igual: "Tudo legal!"
Mas quando você vai embora
Morro meu rosto no espelho
Minha alma chora

Vejo o Rio de Janeiro
O morro não salvo, não mudo
Meu sujo olho vermelho
Não fico parado, não fico calado, não fico quieto
Eu choro, converso
E tudo o mais jogo num verso
Intitulado mal secreto

inspiração

"A maconha faz parte da inspiração mística"


(Gilberto Gil justificando para o juiz o uso da marijuana ao ser preso na turnê dos "Doces Bárbaros")

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

“O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece.”

Bukowski, Charles

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Bons amigos

Abençoados os que possuem amigos,os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende.

Benditos os que guardam amigos,os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consoloar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é melhor cumplicidade!

Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinhos,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

(Machado de Assis)

Cenas do cotidiano

Numa consulta para extração dentária, a distinta dona Pombinha entrou no ambulatório. 35 anos, mãe de 10 filhos, avô de três crianças...

Bom dia dona Pombinha, o que te trouxe aqui hoje?
- ô minha filha... faço aniversário daqui uns dia, 20 de novembro, no dia da consciencia negra, to doida pá pegar um negão, vo descer a ladeira da liberdade no créu, subir o curuzu no tchuco-tchuco gostoso... vim arrancar meus dente preu morder umas p****
(...) A senhora faz uso de alguma medicação?
- aqui ó! com isso aqui eu faço aquele amor gostoso até umaszóra... - disse a paciente puxando a cartela de anticoncepcionais da bolsa, e com ela em punho, braço esticado na frente da dentista.
- mas a senhora sabe que após a extração vai ter que evitar movimentos bruscos, pegar peso, fazer bochechos, procurar ingerir líquidos, e também ficar sem... - com a mão em forma de cunha, o auxiliar fez movimentos de para cima e para baixo.
- o quê? mas assim eu não posso ficar! eu sou viciada em sexo! não posso ficar um dia sem... quando eu fico sem minha bu******* fica assim ó, piscando, quero p***, quero p***...
- olhe minha senhora, me respeite, eu sou evanlica, estou aqui fazendo meu trabalho...

sábado, 25 de outubro de 2008

sonhos

Um sonho persistente desde que sou criança era ser rico, muito rico. Eu já tinha desenhado até a casa (mansão) na qual eu iria morar, o carro que eu iria ter, entretanto algo já me afligia... para que uma casa tão grande se eu vou morar sozinho? Hein!? Logo então eu sonhei em ter muitos amigos, amigos que preencham minha casa, e que ela fosse de todos eles, para que eles chegassem e partissem quando bem quisessem, que fossem passar o dia lá, passar férias, fim de semana e dormir lá se lhes convir. Era uma propriedade bastante coletiva. Eu abdicava de minhas posses para ter compainha, era - e ainda sou - um pequeno socialista às avessas. Mas para que sonhar tão alto, com muitos amigos numa mansão, se com o tempo me revelou estar só no mundo com meu irmão. Éramos eu e ele construindo nosso mundo com pecinhas de Lego. Ao invés de sonhar, tracei objetivos de vida. Isso é mais concreto, dá a sensação de que eu irei realizar, não sei quando, a meta de ter amigos, mas amigos de verdade, que independente da quantidade, eu os poderia chamar de irmão, como se de fato fôssemos irmãos - e excluindo o fato de que biblicamente todos somos irmãos. Transfigurando este conceito para a atualidade, destituído de prancha, andando sobre as ondas, Jesus diria que todos somos brothers - para ressaltar a diferença entre ser um brother e ser irmão. Obviamente existem outras pequenas vontades - e para essas não poderia dizer sonhos - como ter uma festa de aniversário surpresa, mas para quê se não teria gente suficiente que justificasse uma festa - esse foi um dos motivos que me levaram a não comemorar mais meu aniversário. Seguindo a regressão do peso dos sonhos, hoje eu queria ouvir só três palavras sinceras - eu te amo - sem a banalidade dos tempo desta pós-modernidade.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

10 RAZÕES PARA ABANDONAR HEROES


Li esse texto no blog Nightripping e adorei por representar minha indignação com a queda da qualidade da série. Não conseguiria escrever algo igual.


10- FORÇA POLICIAL E SERVIÇOS DE INTELIGÊNCIA COMPLETAMENTE INVEROSSÍMEIS
Todas as forças policiais dos EUA são inexistentes ou incompetentes. Não existe um FBI, uma CIA ou qualquer merda atrás desse povo todo e nas raras vezes que aparecem são sempre depois de uma morte e só fazem merda.

Na primeira temporada, na investigação da morte do pai de Hiro, a polícia afirma que a digital de Angela Petrelli foi encontrada na foto do defunto. Faria sentido se ela não estivesse usando luvas no momento em que pegou o retrato.

Na mesma temporada, um agente do FBI diz à Suresh que Edem morreu “próxima a Sudbury, a 100 milhas de Ontario”. Ontario é uma província do Canadá e não uma cidade. O problema é que Sudbury fica bem no meio e se ela morreu a 100 milhas de Sudbury ela estaria ainda dentro da província de Ontario.

9- O HAITIANO
Começou como figurante, até que resolveu falar e ganhar salário de ator.

O poder do Haitiano é simplesmente a resposta para 90% dos problemas que os personagens passam, mas ninguém dá a menor bola para ele. Problemas com Sylar? Haitiano! Problemas com Peter? Haitiano! Problemas com vilões que manipulam a realidade com o poder da mente? Haitiano! Problemas com fórmulas para retirar poderes de humanos “especiais”? Sangue do Haitiano!

Talvez ele saiba disso tudo e por isso fica quietinho. Até agora sua participação na terceira temporada se resumiu a levar uma porrada na cabeça de Ando e outra de Peter (no único momento da série inteira que o personagem demonstra presença de espírito).

8- MOHINDER SURESH
Depois de perder para Nathan Petrelli o poder de narrar introduções de episódios pseudo-poéticas-e-existencialistazinhas, os roteiristas resolveram transformá-lo em uma nova versão de A Mosca. Vamos revisar: professor -> taxista -> cientista -> portador da cura para o vírus maléfico da segunda temporada -> monstro. Alguém por favor tenha misericórdia e sacrifique esse animal de uma vez.

7- CLAIRE BENNET
Adam Monroe manifestou seus poderes já adulto e nunca mais envelheceu. Claire manifestou ainda bebê, mas misteriosamente parou de envelhecer na adolescência, período difícil onde o corpo da menina começa a mudar e se transformar. Agora Claire é “imortal” e insensível. Depois de um pai paranóico, neurótico e psicótico, Claire ainda foi X-tuprada por Sylar.

Nada disso no entanto fez com que a atriz desse à personagem novas expressões faciais. Claire é uma personagem ruim interpretada por uma péssima atriz que amaldiçoou a série com seu poder, dando poucas esperanças que alguém a mate de uma vez por todas. Até o cachorro da mãe dela é mais carismático.

6- DANÇA DAS CADEIRAS COM OS PERSONAGENS “ESPECIAIS”
Nada pior do que introduzir uma pá de personagens novos para que eles sumam nos dois capítulos seguintes, perdendo completamente a importância para a trama. Eu já perdi a conta dos que deveriam ter ficado no lugar de Peter, Claire e Mohinder. Nessa temporada tivemos a gangue de bandidos (que só sobra um para preencher a cota de personagens afro-americanos). Outros interessantes foram: a irmã de Micah, O namorado voador de Claire e Claude Rains (o único que pode realmente desaparecer com algum propósito para a história).

Outra personagem que não podemos cometer o erro de esquecer é Catlin, a namoradinha irlandesa de Peter. Não podemos porque Peter a esqueceu. Não só esqueceu, claro. Ele simplesmente a transporta para uma linha de tempo no futuro, depois volta sozinho para o presente e muda a história, destruindo a linha temporal e conseqüentemente a existência dela. Boa, Peter!

A única que parece imune a esse problema é a atriz Ali Larters, que interpretou Nikki Sanders. Nikki morre, mas a atriz volta na pele da irmã-gêmea (surpreeesa!) porque é preciso manter a cota das gostosas também, certo?

5- PUSH THE TEMPO
Os caras erraram na mão de novo. Depois de uma temporada em slow-motion, optaram por uma em fast-foward. Dois capítulos depois da estréia foram o suficiente para transformar a série em um vídeo-clipe de hardcore. A greve dos roteiristas pode ter provocado isso motivando essa disparada para recuperar um tempo perdido… mas quem tem pressa?

E por falar em tempo? Mais viagens no tempo e futuros alternativos se alterando diante de nossos olhos não ajuda em nada o desenvolvimento da série. Confunde horrores e é uma referência acidental à Star Trek que os fãs não precisam.

4- DOENÇA DE LOST
Heroes começou com uma proposta de explicar os mistérios que envolviam o argumento em um ritmo que não deixasse o expectador com gastura. A terceira temporada traz saudades da nova versão da Ilha de Gilligan. Heroes agora é uma confusão enorme onde misteriosos vilões tecem planos por trás de misteriosos vilões que tecem planos por trás de insossos heróis que não têm idéia do que fazer com seus poderes. Não duvidaria se um novo personagem “especial” surgisse com apenas quatro dedos nos pés e tenha o poder de se transformar em uma fumaça negra que dispara relâmpagozinhos.

3- SYLAR NÃO FOI ASSASSINADO POR QUE RAZÃO MESMO?
Se Sylar é tão poderoso assim, por que após ser capturado pela Companhia, ele é posto no Nível 3 de segurança, enquanto um cara com o poder de pirocinese (o mesmo da mãe de Claire) está no Nível 5 de segurança? Por que depois fugir e ser capturado novamente pela companhia Sylar é enviado para uma floresta mexicana ao invés de estar na porra do Nível 5 de segurança?

Por que Noah Bennet simplesmente não atira na cabeça de Sylar para deixá-lo indefeso por alguns segundos, corta a cabeça do sujeito e queima o resto do corpo, depositando as cinzas em cofres espalhados pelo mundo?

Por que… ah! Foda-se.

2- DEUS EX-MACHINA - Seus problemas acabaram!
Hiro e Peter possuem o poder de viajar no tempo e no espaço e o sangue de Claire e Adam Monroe conseguem banalizar todo o conceito católico da Páscoa. Ninguém morre e nenhum problema é insolúvel. Por que diabos então dá tanta merda assim na série?
Em primeiro lugar: Hiro é um retardado cuja o senso moral não permite que ele salve o pai da morte, mas permite enterrar vivo o assassino que ficará preso pela eternidade.
Em segundo lugar: Peter Petrelli. Esse merece uma razão da lista só para ele:

1- PETER PETRELLI
Apesar de termos vários personagens, Peter é o protagonista de toda uma temporada e ele é um pé no saco. Versão “emo” ou “cicatriz-gumex”, Peter é um zero à esquerda. Eis o resumo do rapaz:

Na primeira temporada é retratado como um ignorante que não sabe para onde vai, de onde veio e não consegue nem pegar uma mulher que namora um pintor drogado. Para finalizar ainda precisa da ajuda de Hiro para salvar a situação na força bruta.

Na segunda temporada ele perde a memória (que nem nas novelas) e torna-se um imbecil que no final precisa novamente da ajuda de Hiro para salvar a situação… dessa vez esclarecendo para ele que Adam estava o enganando. Peter ainda hesita, mas poderia resolver suas dúvidas lendo a mente de Hiro… ei! Espera! Como alguém que pode ler mentes é enganado? ARGH!

Na terceira temporada ele simplesmente aje como um retardado alucinado que quando não está preso no corpo de um outro personagem (que nem em alguns filmes bobos dos anos 80), provocando uma explosão nuclear no futuro (onde o mundo é “azulado-CSI”), ou tentando matar a própria família. No momento ele está em coma induzido e torço para que continue eternamente assim.

domingo, 19 de outubro de 2008

De mim para mim

Certa vez assisti a um filme que dizia que ao morrermos, após o ultimo suspiro perdemos 21 gramas, esse seria o peso da alma.
Quanto a isso poderia dizer que algumas almas pesam muito mais que outras. Na verdade isso é apenas uma materialização do que Milan Kundera dizia na "insustentável leveza do ser", e como a leveza pode ser insustentável. O peso que cada um carrega é variável, depende de quanto a alma de cada um é forte.
E existe alma? Prefiro acreditar que sim. Não sei se o nome disso é alma, alguma energia divina, o sopro de vida, ou apenas a consciência, a consciência coletiva que nos tira a sensação de estar só, que nos faz ter certeza que mesmo aqui, sozinho digitando devagações inuteis num quarto escuro, outras pessoas nutrem algum tipo de sentimento por nós.
Então eu questiono pra minh'alma porque eu fico triste quando não quero estar, como se num instante eu tivesse sua (minha) energia descarregada e o peso do mundo paira sobre minhas costas. Porque julgo carregar o peso do mundo nas costas quando na verdade nunca carreguei mais que minhas (suas) próprias coisas. Você ainda é pequena, pequena e virgem diante de tudo que se tem pra viver. Minh'alma as vezes foge de mim quando se assusta com minha (sua) aparência de imaturo e mau. Minh'alma não é minha como minha (sua) carne. O fim da carne todos sabemos, mas da alma... não podemos prever por quais outras janelas minh'alma entrará daqui para lá.

Liberdade...

Liberdade
(Marcelo Camelo)

Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom
Daqui não
Eu vivo a vida na ilusão
Entre o chão e os ares
Vou sonhando em outros ares, vou
Fingindo ser o que eu já sou
Fingindo ser o que já sou
Mesmo sem me libertar eu vou

É Deus, parece que vai ser nós dois até o final
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro

De que vale ser aqui
De que vale ser aqui
Onde a vida é de sonhar?
Liberdade

domingo, 5 de outubro de 2008

ô vida...



"É, pode ser que a maré não vire,
pode ser do vento vir contra o cais
e se já não sinto os teus sinais
pode ser da vida acostumar..."


(dois barcos - los hermanos)


Acabo de ter a certeza que minha vida seja um ciclo. A vida é feita de vários ciclos. Mas um deles em especial... meu deus do céu, parece um mega deja vu. Tô cansado.


Ou eu quando falo, falo muita merda... ou sou legal demais pra todo mundo querer amizade... sem falsa modéstia rá-rá!

"fechar um sangramento e chorar só por chorar

cala meu ouvido pois quem cala consente

e se esse for o sentimento pode esperar

que a ira vai voltar

pode esperar, que a ira vai voltar."

(conteiner - mombojó)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Em terra de cego, quem tem olho é rei?

Foi o que me veio à cabeça ao assistir Ensaio sobre a Cegueira, apesar da linguagem do cinema não permitir a mínima reflexão um pouco menos superficial pela velocidade da ação e das imagens.

Irei me referir ao livro pelo brilhantismo da obra, que a meu ver, é leitura obrigatória para todo ser humano aprender a ser humano. Todos sempre estiveram cegos e nunca perceberam. A mesma diferença de ver e olhar é também estabelecida em viver e passar pela vida simplesmente, sem dar valor as pequenas coisas que nos fariam falta se o brilho dos olhos nos faltasse. O excesso de informação proporcionado pela visão ofusca a importância que não só essas pequenas coisas, mas as pessoas têm em nossa vida.

Se enxergar seria uma dádiva quando todos estam cegos, é também uma grande responsabilidade, um peso que escraviza.
O início de uma nova ordem social pôs fim a todos os valores previamente estabelecidos. Os códigos sociais são reduzidos à barbárie. Os instintos revelados são os mesmos que escondemos sob máscaras sociais.

A cegueira que representava também a alienação, a necessidade veemente de que todos acordem para modificar a realidade presente. Para provocar algum tipo de mudança social, apenas com o (re)nascimento da sociedade. E para que todos saibam do horror que antes viviam e que viveram, era necessário que apenas um não perdesse a visão, para ensiná-los e guiá-los com os erros cometidos.

A cegueira é diferente da patológica, não poderia ser representada pela escuridão, ou a ausência de cor. Mas como um excesso, a mistura de todas as cores (e coisas) também não mostra coisa alguma. É como se ele dissesse que nós que sempre vemos tudo, não enxergamos nada a nossa volta.

Saramago chama para uma tomada de consciencia do homem perante sua condição no mundo.

Tentar escrever qualquer outro tipo de análise seria pretencioso demais e para tal tarefa sinto-me, porque não, também cego. Cego sim por perceber que mesmo após ter ficado chocado, terem tentado me abrir os olhos, continuo cego. Porque para um cego, tanto faz estar de olhos abertos ou fechados.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Doce solidão

Acabo de voltar no show de Marcelo Camelo em Salvador. Matei a saudade dos Los Hermanos. Foi emocionantes. Voz e violão para Morena (nessa ele se emocionou), Fez-se mar, Pois é, Dois Barcos, Santa chuva.

Me senti como d'antes, recordei a solidão e a tristeza que tinha jogado pra dentro da caixa de pandora. Eu me afastei de Cat Power, Wilco, Los Hermanos... ninguém precisa reviver o sofrimento. Gostaria de viver um amor, mesmo que fosse de buzu, alguém pra ser minha luz, meu iá iá, meu iô iô... assim... bem brega... o amor é brega, que fazer.

A doce solidão fez o velho e o moço em mim se reencontrarem. Só assim pude perceber que o pouco que sobrou eu engoli a palo seco. Quem sabe um dia eu acho um par com o qual eu farei um samba a dois sob uma santa chuva. Apesar de não conseguir encontrar de onde vem a calma perturbadora que me deixou por tempos tão conformado, tenho a esperança que o vento ainda vai soprar a meu favor.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

"Sou mole, não tô te dando legal"

Adoro o jeito com que ri, mesmo das coisas mais bestas, e acha lindo e fofo as mais bregas. Tem o meu gosto pra música, pros bares, pro trabalho, somos muito parecidos em vários aspectos. Isso me atrai, principalmente porque me vejo refletido na profundidade dos seus olhos verdes. Eles me hipnotizam. Escreveria coisas belíssimas para ela, se as circunstâncias me permitissem. Se eu tivesse me aproximado logo, se não tivesse feito a propaganda do que ainda não era meu, não pensaria em ferir um dos dez mandamentos divinos. Curiosamente, muitas vezes o almoço do vizinho tende a ser mais gostoso do que meu, principalmente quando se está há tanto tempo com fome. Não é todo dia que se acha uma especiaria desse nível. Não é pelo atributo físico – mesmo que fosse, além de eu não poder ser muito exigente, não é nada mal – mas pela pessoa que me encanta a cada dia que tento descobri-la e me desgarrar desses olhos de cigana dissimulada para enfim enxergar a realidade. Sem perceber, devolve o verde e remove os espinhos das plantas do meu quintal. Por enquanto, prefiro acreditar que seja um sopro de esperança muito sedutor, afinal ela é a última que morre, e nada é para sempre.

Obs: as mulheres ao estilo “sou legal, não to te dando mole” me enlouquecem.

domingo, 21 de setembro de 2008

Sem título

Antes ser uma carta fora do baralho, a ser a última. Esta seria sempre uma possibilidade, mesmo que remota. Ela sabe que as possibilidades são ínfimas, mas está sempre pronta, disposta a ser escolhida. Pobre carta... Você é a reserva, sabe disso. Quando todas as outras não mais servirem, ai sim será escolhida. Não entenda isso como uma rejeição, quando na verdade são as circunstâncias, ou a vida. Então é o meu jeito que me afasta de ti? Bem... a verdade é que não és bom jogador... Sei disso, sempre fui do time reserva. O bom jogador que tem o controle da situação, um dia se atrapalha, pois ninguém consegue ganhar sempre. Só com as derrotas ou a necessidade lhe lembrará que muitas vezes a vitória do jogo está lá, naquela última carta. Esse é o meu trunfo.

Novos e Velhos Baianos

Por falar em Novos Baianos, lembrei que Baby Consuelo depois de se tornar evangélica, agora canta jazz, muito bem por sinal - e o cd dela não teve jeito para eu achar na internet.

Todo mundo sabe que ela tem 3 filhas: Zabelê, Nana e Riroca, além de um outro filho que se chama Rock.

Riroca não muito satisfeita com seu nome, entrou na justiça para mudá-lo para Sarashiva ('O.O)

Então as 3 meninas formaram o grupo infame SNZ...
Se tivessem cada uma 1/10 do talento dos pais, o grupo não teriam acabado.
Mas como nesse país todo mundo quer seus 15 minutinhos... parafraseando a música dos Novos Baianos:

"Besta é tu, besta é tu...
Porque não viver?
Não viver esse mundo
Porque não viver?
Se não há outro mundo
Porque não viver?
Não viver outro mundo!"


Então vamo viver
2 álbuns nacionais que ninguém pode deixar de ouvir antes de morrer:

Transa - Caetano Veloso
Acabou Chorare - Novos Baianos

Vide o livro "1001 discos para ouvir antes de morrer".

Como minha vida mudou após a hipnose

Vocês já viram que não ando com tempo para mexer nisso aqui... tá tão largado quanto o dono... mas fazendo uma faxina, aproveito para compartilhar experiências nem mais tão recentes...

Você acredita na hipnose? Em anestesia com Hipnose? Rapaz... não ria que um dia eu já ri também... a coisa é séria... funciona mesmo... e eu só acredito porque fui hipnotizado. E só aceitei porque não era aquela parada ao estilo Fábio Puentes, que te faz virar uma galinha no palco, ciscando, bicando o público, ou fazer as pessoas comerem cebola pensando que é maçã... tudo feito com muita ética, porque segundo aprendi, para hipnotizar é necessário ter um objetivo e para ser hipnotizado é preciso se permitir.

Primeiro o professor fez uma pré-hipnose. Não foi nada daquelas coisas que o hipnotizador coloca a mão na cabeça do cara e faz algo parecendo um exorcismo... Tudo na conversa... ele me fez imaginar estar num lugar bem calmo, onde só estava eu... e eu estava me sentindo maravilhosamente bem (isso é importantíssimo para a história). Em seguida no meu céu apareceria uma estrela, que começava a se aproximar de mim... se aproximando, se aproximando, se afastando, se afastando, e agora tudo ficou claro, bem claro... e eu me sentindo maravilhosamente bem... então eu estava com muito sono, muito sono, um sono irresistível (isso não é muito difícil...), e toda vez que ele disser "lskdnfsdjvjnjnv" (não me pergunte que palavra era porque eu não lembro) eu irei dormir profundamente... então agora eu sentiria irresistivelmente uma força levantar meu braço (tá senhora força misteriosa, cá pra nós, nessa hora eu te dei uma ajudinha). E foi minha força misteriosa que me fez desacreditar que de fato eu estava hipnotizado. Pra minha surpresa, ao toque da mão dele em meu lábio superior, a pele do lábio ficou anestesiado. Como de praxe, ele disse: Eu vou contar aaté cinco e vocÊ vai voltando aos poucos... 1... você estã se sentindo maravilhosamente bem... isso... 2... você está voltando... tranquilo... isso muito tranquilo... 3... isso... voltando... você está voltando e se sentindo maravilhosamente bem... você está muito relaxado... 4... você está voltando... 5... pode acordar... e aos poucos eu me vi entrando num túnel e voltando... chegando aos poucos, como um naufrago trazido por uma onda... e uma sensação de relaxamento como eu nunca senti igual. Se você usa qualquer tipo de droga para relaxar, DESISTA, saia dessa, porque o canal é a hipnose.

Posteriormente fui hipnotizado na frente da platéia. Neste momento eu passei a me tornar uma pessoa pública daquela faculdade, mais pública do que eu já era, mal imaginava que entrava pro hall da fama e que deveria preparar a caneta para os autógrafos, e ser o assunto do resto da semana...

No palco, ele disse "kdfsnvoidn" e imediatamente eu dormi. Foi instantaneo. Mas não é bem "dormir", pois não se dorme consciente. Seria o equivalente aquele estado em que podemos controlar nosso sonho sabe? Quando estamos já perto de acordar, naquele estado surreal de transição entre o sonho e a realidade... na hipnose você ouve e senti tudo que está ao seu redor, mas não consegue tomar nenhuma atitude quanto a isso... não posso nem dizer que você não consegue, quando na verdade você não quer! Tá tão bom... me deixa lá no meu canto dormindo e relaxado... me sentindo maravilhosamente bem... Você só quer obedecer aos comandos do hipnotizador. E por mais que eu escreva, não tem como traduzir em palavras a sensação... porque não é mágica nem macumba, é tudo fisiológico, é tudo ciência.

Como se não bastasse ser hipnotizado 2 vezes, ao ouvir o professor hipnotizando o brother com a mesma expressão que ele me disse, entrei no sono profundo pela terceira vez... me sentindo maravilhosamente bem... Voltei do transe com a sensação de que tinham me tirado o tônus muscular. Para finalizar a explicação, a qualquer momento da minha vida em que eu ouvir o professor falar "ndfjnjnjfnsdjgn" eu irei dormir profundamente onde quer que eu esteja.

E ainda teve quem pensasse que eu recebi 300 reais para estar lá na frente me fingindo de hipnotizado... por 300 reais eu não teria só dormido, comia cebola e imitava uma galinha tranquilo, e me sentindo maravilhosamente bem.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Ô fio, vem cá... finalmente as olimpíadas tá acontecendo aonde?
é Pequim ou é Beijing?

domingo, 17 de agosto de 2008

Cantando errado...

Muito Romântico - Caetano Veloso

Não tenho nada com isso nem vem falar
Eu não consigo entender sua lógica
Minha palavra espantada pode espantar
e a solidão parecer erótica

Mas acontece que não posso me deixar
A
A
Levar por um papo que já morreu
De um cântico

Acho que nada voltou pra guardar
e lembrar
Que em outras palavras sou muito romântico

Nem uma coisa irá me fazer calar
Sou o que sou e não o dizem
Canto somente o que eu quero falar
Sou o que sou e eu não dou a mínima



O cráááássico do pagode baiano: Cocadinha

"Cocadinha, cocadinha, ela gosta de comer cocadinha..."


Do brega: Morango do Nordeste

"apesar de comer as batatas da perna... com essa mulher ou vou até pa guerra...
simbora"

Dos Los Hermanos:

Além do que se vê
"... É o amor que ninguém mais vê, Deixa eu virar moça, Toma o teu, voa
mais que o bloco da família vai atrás..."


Todo Carnaval tem seu fim
"...toda banda tem um farol, quem sabe eu não toco..."
"... deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu brincar com meu
nariz..."


Cara Estranho
"Olha só que cara estranho que chegou, parece não achar lugar, no corpo em
que desencarnou"


Casa Pré Fabricada

"...cobra com pavão que até amanha eu vou ficar..."

obs: Preciso deixar claro que eu sou fã dos "Losers", até por isso tem mais músicas deles que de outros. E nem todos os exemplos colocados deles foram feitos por mim, alguns são pérolas que ouvi, mas não retiro minha parcela de contribuição.

Por falar neles, Marcelo Camelo (salve-salve) fará show aqui em Salvador na concha acústica do TCA dia 30 de setembro. Vamo? 20 reais a meia... e é o lançamento do cd solo do cara... vale a pena.

domingo, 10 de agosto de 2008

Dia dos Pais

O dia começou para mim ao som de "Um Barzinho, Um Violão - Jovem Guarda", não me recordo ao certo qual música tocava no momento, mas a trilha sonora não poderia ser mais adequada. Uma enxurrada de "dias dos pais" me invadiu os olhos. Minha memória trouxe o gosto amargo de lembranças não tão agradáveis. Teve aquela fomos todos felizes entregar os presentes e ele fez um escândalo que não tinha gostado de uma sandália, e que saberíamos que ele não ia gostar, entao porque compramos? E um dos meus maiores arrependimentos foi em outro ano. "Renato e seus Bluecaps" iria tocar na praça Pedro Arcanjo. Disputadíssimo para assistir, pais e filhos se empurrando na entrada, afinal o ingresso era apenas uma lata de leite e a entrada era liberada até a lotação máxima da praça, a qual teria os portões fechados em seguida e só abertos ao final do show. Fui contrariado, afinal, saímos arrumados para ir ao clube, no caminho uma "dita cuja de uma vizinha avisa sobre o show, e imediatamente fomos rumo ao caminho da Jovem Guarda. Eu não gostava da música, não gostava do lugar, do público, queria ir embora para casa. Foi a minha vez de dar um escândalo e me derramar em lágrimas, até não ter mais o que chorar. Perda de tempo, chantagem emocional nunca teve o mínimo efeito com ele. Ele fazia mais o estilo "vou te dar uma surra pra te dar motivo pra chorar de verdade seu corno filho de uma puta". Num certo momento, eu não sabia nem mais porque estava chorando, nem queria mais chorar. Mas já havia entrado naquele caminho e não ia voltar atrás, só para não demonstrar que ele venceu. É nessas horas que a gente se pensa que se arrependimento matasse... Eu nem era mais tão criança e agi como a pior delas. Os conflitos já haviam se tornado uma tradição de dia dos pais em nossa família. Como para ele "dia dos pais", "dia das mães", "dia das crianças" é todo dia, devo corrigir a afirmação anterior, pois os conflitos eram todo fim de semana, quando todos estavam juntos. Ao menos havia conflitos, brigas e discussões. Hoje foram substituidos pelo silêncio, ao que não sabemos bem ao certo o que seja, uma distância intangível. Somos seres de planetas diferentes, falamos línguas diferentes, ele faz um intercâmbio em minha casa, e eu na dele. Levantei, fui ao banheiro lavar o rosto e pensar em como o cumprimentaria, como desejaria "feliz dia dos pais". Eu falaria algo mais? Daria um abraço? Ao menos um aperto de mão? Não adiantaria planejar nada. Entrei na cozinha para beber dois copos d'água - um ritual de todas as manhãs. Ele veio da área de serviço para terminar de preparar o almoço de domingo. Virou-se para a pia, de costas para mim, coloquei minha mão sobre seu ombro e secamente desejei o que em todas as casas estaria sendo dito também naquele exato momento, das mais variadas formas, mais calorosas possivelmente. Obrigado, ele disse. Somos dois estranhos que se gostam, cada um a seu jeito, sem demonstrações de afeto, como conhecidos que se cumprimentam à distância com um pequeno sorriso de canto de boca, só para serem educados um com o outro.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Frases

"É impossível não acabar sendo do jeito que os outros acham que você é"


Marquez, G. G. "Memórias de Minhas Putas Tristes"

Sei que muitos não concordam com o fatalismo dessa frase, e que cada homem também é o que ele acredita ser... Mas água mole em pedra dura... Qual delas é verdade eu não sei, afinal não é porque alguém me chama de viado que eu serei, tampouco será suficiente que eu acredite que serei um bom músico - para certas coisas, não adianta forçar a natureza. Enfim, toda generalização é burra.

E a história desse livro parece demais com a música "Último Romance" dos Los Hermanos.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Ô Flora, até você?!

CA-RA-LHO! Vééééééi... Flora é a assassina meu irmãããão! Ela não é a favorita! Essa revelação fez meu mundo cair, e o de muitos outros brasileiros noveleiros também. Revelar quem é o assassino antes do fim da novela é como uma ejaculação precoce! Eu ainda tinha fé que todas as capas das revistas podiam estar enganadas e que Flora era tal qual seu nome me induz a pensar...

Se por um lado há o mérito do autor em escrever personagens mais próximos da realidade, contraditórios como o ser humano, por outro há a desconstrução de todo um imaginário coletivo de que o pobre é o injustiçado, o rico é esnobe e opressor.

O que a Globo pretende com isso? Com certeza não é apenas um grito desesperado de “PELAMORR-DE-DEUS, ME ASSISTAM!” Vamos relacionar as coisas. Na seleção dos dois últimos BBBs, o povo perdeu qualquer tipo de identificação com algum dos personagens já que não há mais nenhum necessitado, ninguém por quem torcer para que tenha uma vida verdadeiramente nova, não há mais babás, cabeleireiras ou professoras. Apenas alguns pobres projetos de celebridade e capas das próximas revistas de nu artístico. Então o BBB dicotomizou o público da seguinte forma: os torcedores pela manutenção do casal até o fim – ou seja, prêmio para o amor puro, va$$alo e $incero (!?); “to nem aí pra quem ganhar... só quero vê as brigas e a pegação” – grupo ao qual me incluo. O brasileiro não tem mais a possibilidade de torcer pelas minorias ou pelos oprimidos, nem nas novelas. Portanto, é bom ele ir se acostumando a imaginar que nem tudo que reluz é ouro, e que os ricos da novela e do BBB podem sim ser bons, ainda mais se realizarem generosas doações para o Criança Esperança.

E eu que pensei que as novelas fossem os redutos dos maiores clichês e estereótipos... Sinal dos tempos... não se fazem mais novelas como antigamente (não posso esquecer da originalidade e dos efeitos especiais de última geração dos Mutantes da Record. Soube que Mutantes 3 virá acompanhando um óculos de animação 3D!)



Olha a Eliana dos dedinhos hahaha!

Esse primeiro não é Sylar?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

"O sexo é o consolo que a gente tem quando o amor não nos alcança",

Gabriel Garcia Marquéz, Memória de minhas putas tristes.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Pelas Barbas de Fidel!

Não gosto de pelos... por mim eu seria índio. Sendo eu um índio, talvez valesse agora também uma crítica ao tipo físico das índias. Parece-me que a gravidade exerce um efeito maior sobre os seus peitos, ou talvez fosse a simples falta de sutiã, ou talvez seja pelo grande tempo que elas amamentam, ou ainda sejam as fotos que divulgam das indígenas sejam em sua extrema maioria mostrando as nossas belezas naturais mais caídas que o normal. Essa é, sem dúvida, até mesmo pela ausência de artificios tecnológicos para sustentar os pesos, a beleza feminina natural. A beleza natural, é por assim dizer de modo geral, peluda! Não há como escapar, umas mais outras menos, mas todas e todos têm pêlos pubianos - um dos grandes tabus da sociedade que eu hei de quebra-lo aqui. As índias não raspavam - também não há necessidade, já que quando os têm, são poucos e ralos. Apesar de já haver materiais cortantes, mas não era suscitado na época este tipo de vaidade. Como esquecer da beleza selvagem de Cláudia Ohana! Até a deusa, nem mais tão deusa assim, Vera Fisher, assumiu deixar crescer as barbas de fidel (oh! - Sabiam que Vera pôs a leilão seus pentelhos?).

E porque só falar das indígenas (esta abordagem não teve intenção de representar preconceito ou qualquer tipo de visão eugênica, mas o que me ocorreu no momento). Há nem tanto tempo, era moda esse negócio de ficar ao natural, mostrando as belezas selvagens, quando as mulheres deixavam as axilas a fazer tranças. Devo admitir que prefiro as raspadinhas. Ache 3 motos e ganhe uma na hora! Raspando 3 moedinhas iguais você leva o prêmio de 2.000 reais! Raspando 3 estrelas você ganha outra raspadinha! Nunca dei sorte... Sou mais radical. Por mim, só teria cabelo nos cílios e nas sobrancelhas.



Antes que eu me esqueça, o título do Blog não representa um ode ao naturalismo da beleza selvagem, tampouco ao Castrismo, mas um manifesto, um protesto à ambos e ao que mais eu quiser, afinal, parafraseando o filme Cidade de Deus: "quem falou que a boca é do cenoura" "que é isso dadinho?" "dadinho o caralho, meu nome é Zé Pequeno" ou Beats se preferir. Em outra palavras, quem manda nessa pôrra sôeu!

Já que eu toquei no assunto, segue abaixo a famosa (?) música que Zéu Brito fez em homenagem à playboy de Cláudia Ohana:


Hino Em Louvor As Raspadas (Zéu Brito)

Eu vou te emprestar meu presto barba,
Pois quero te ver raspada
Eu só quero, eu só quero, eu só quero
Eu só quero raspada.

Só quero raspadinha meu bem
Se você quiser eu raspo também
Só quero raspadinha meu bem
Se você quiser eu raspo também

Raspe logo o matagal
Pra livrar a área do quintal
Eu só quero, eu só quero, eu só quero
Eu só quero raspada.

Só quero raspadinha meu bem
Se você quiser eu raspo também
Só quero raspadinha meu bem
Se você quiser eu raspo também

Isso é coisa de cigana
Você esta parecendo cláudia ohana
Tira a palha da cabana e deixa o sol entrar

Só quero raspadinha meu bem
Se você quiser eu raspo também
Só quero raspadinha meu bem
Se você quiser eu raspo também.
Para quem tem T e é a favor da preservação das matas acesse aqui.